Biblioteca de la Universidad de Salamanca
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Vivemos tempos presididos por uma medicina altamente técnica e especializada, onde a pessoa do paciente – verdadeiro protagonista do processo saúde/doença – corre o risco de ser esquecida. Perante uma atenção à saúde cada vez mais despersonalizada, a Humanização da Medicina é um desafio necessário para os Educadores na Academia, e para os Gestores dos Sistemas de Saúde.
Humanizar a Medicina é reinserir a ciência médica nas suas verdadeiras origens. É preciso recuperar a perspectiva humanística da medicina, pois o humanismo é inato à profissão médica. Um médico sem humanismo não será propriamente médico; na melhor das hipóteses, trabalhará como um "mecânico de pessoas".
As artes e as humanidades, que são um elemento clássico na formação humanística do médico, estão na presente obra representadas pelo Cinema. Educar as atitudes implica mais do que oferecer conceitos teóricos ou treinar habilidades: requer promover a reflexão, que é o verdadeiro núcleo do processo de humanização. Através da reflexão, o profissional de saúde consegue extrair do seu interior o desejo de um compromisso vocacional perdurável. O Cinema, que sintoniza com o universo do estudante onde impera uma cultura da emoção e da imagem, tem se mostrado uma metodologia eficaz neste desafio pedagógico.
Não é difícil entender por que nos dias de hoje a medicina tem de ser forçosamente humana se quer pautar-se pela qualidade e pela excelência. Humanizar a Medicina é, além de uma obrigação educacional, uma condição de sucesso para o profissional de saúde.
A Metodologia com o Cinema brinda uma colaboração substancial neste empenho.
Pablo González Blasco, Médico (FMUSP, 1981) e Doutor em Medicina (FMUSP, 2002). Membro Fundador (São Paulo, 1992) e Diretor Científico da SOBRAMFA – Sociedade Brasileira de Medicina de Família, e Membro Internacional da Society of Teachers of Family Medicine (STFM)
Coincidiendo con un Congreso ANIS "de película"...en un Valladolid "de cine".
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